Ela sempre aplaudiu
meus solilóquios poemas.
Com um rosto no sorriso.
Uma máscara no sentido.
Eu sempre bebi sem gelo
para queimar o coração.
Mão no fogo.
Queimava as mãos.
Fogo nos aplausos.
No fim, cinzas.
O som da ventania
que levava as cinzas
do coração das mãos
aplaudia aos ecos
os meus poemas e
minha solidão.
Ramon Alcântara